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Uma noite de Encanto!

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 3 de jan. de 2023
  • 3 min de leitura

Meio Século na Poeira dos Tempos! - Café Piu Piu 24 de Novembro de 2022


Quando eu saia para comprar discos (lá no nem tão distante assim passado) tinha um hábito de garimpar nos sebos e lojas do centro de São Paulo. A sensação era de buscar o passado, mesmo que ele não me pertencesse de imediato, visto que minha geração procurava o culto das outras gerações, pois era lá (e ainda é) que se encontravam as relíquias e obras musicais feitas para toda a eternidade. Especificamente o Rock. Desde o Metal ao velho clássico e progressivo, minha paixão desde os treze anos quando fui apresentado gentilmente ao Meddle do Pink Floyd.

Essa busca pelas grandes obras e pelo conhecimento de ainda outras que se apresentavam tardiamente como novidades, tinha um gosto especial...



Era como procurar um tesouro muito raro que figuraria para sempre na galeria da minha coleção e alimentaria com louvor meu toca discos, geralmente na sala, responsável por muitas viagens e momentos inesquecíveis, ora com amigos ora sozinho mesmo. Tinha esse hábito maravilhoso. E ainda tenho, mesmo que os formatos estejam diferentes hoje.


A sensação de encontrar um disco do Genesis, Emerson Lake and Palmer, Jethro Tull, King Crimson, entre outros era algo único e espetacular. Me fazia voltar para buscar mais. Alimentava minha imaginação e me dava a sensação de algo muito especial, fora da curva, histórico...

Assim me senti no dia 24 de novembro de 2022, ao presenciar no palco do Café Piu Piu o novo projeto encabeçado pelo artista multifacetado e talentoso, nosso “Camaleão do Rock”, Roger Troyjo. O cara se reuniu novamente com grande músicos, como a cantora multi instrumentista Aline Polisello, o tecladista Fernando Cardoso, o baixista Gabriel Costa, ambos do Violeta de Outono, entre outros, como o vocalista Gustavo Arruda e convidados, dando vida a Half a Century (Meio Século) um projeto dedicado a invocar todos aqueles sons que podem e devem compor as memórias e as coleções de todo o fã do Rock Progressivo de todas as idades.


Tivemos um noite voltada aos anos dourados do estilo. Canções de King Crimson (One More Red Nightmare), Emerson Lake and Palmer (Tarkus, Lucky Man), Pink Floyd (Dogs), Genesis (Carpet Crawlers, Dancing with the Moonlit Knight), Yes (Starship Trooper, Roundabout), Jethro Tull (Aqualung, Cross Eyed Mary) e muitas outras pérolas de diversas bandas, até mesmo nacionais, encantaram os presentes por mais de duas horas.



Uma noite que nos trouxe uma banda ousada, sem medo de se atrever a tocar tantas peças complicadas e cheias de personalidade, momentos da história do estilo que com certeza figuraram nas vidas de todos os presentes, principalmente deste que vos fala. Inesquecível performance da mítica Aline Polisello, com seus cabelos loiros e longos, a invocar um estilo Janis Joplin de ser, arrasando com sua flauta em momentos chave (nunca vou esquece la em Cross Eyed Mary).


Também destaque para a voz versátil de Roger Troyjo que passeia sem dificuldade entre Jon Anderson, Peter Gabriel e pasmem, Robert Plant! O cara surpreendeu todo mundo com a excelente Achiles Last Stand do Led Zeppelin. Um momento animal que nem fugiu tanto assim do tema da noite, afinal quem não gosta de Led, não é?




Fernando Cardoso se mostrou como a alma do projeto, dominando seus teclados com maestria que lhe é de costume, não deixou nada a desejar, dando um espetáculo a parte, como não poderia deixar de ser. Tudo funcionou muito bem naquele palco e a galera não queria ir embora no final. Na verdade, poderíamos ter ficado ali por mais duas horas sem problema algum.

O guitarrista Fabrício Pinho se destaca pela difícil tarefa de sobreviver entre tantos sons diferentes e junto com a cozinha fantástica dos “Gabriéis” (Gabriel Rego na bateria e Gabriel Costa no baixo) torna a alquimia progressiva algo lisérgico.


Outro destaque e agradável surpresa, foi o vocalista Gustavo Arruda que arrebentou principalmente em The Trees do Rush, onde seus gritos nos lembraram um saudoso Geedy Lee de voz potente, muito característico no álbuns dos anos setenta. O cara me fez lembrar também David Byron do Uriah Heep e claro que disse isso a ele, já sugerindo algum som da saudosa banda numa próxima oportunidade. Ele adorou a sugestão!


Muita simpatia, carisma, talento e bom gosto na primeira noite do Half a Century.

Também está sendo minha primeira resenha depois de um grande hiato.

Difícil descrever a alegria e satisfação de rever meus amigos músicos, conhecer novos e estar ao lado de pessoas tão especiais novamente nas noites do Café Piu Piu.

Esperamos ansiosamente pelo segundo momento desse projeto fantástico que com certeza vai ficar para sempre na memória de quem teve a sorte de estar lá.


E só para terminar...

Eu ainda passeio pelos sebos de discos neste século....


Marcos Falcão.

 
 
 

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