Stringbreaker and The Stuffbreakers nos EUA!

Minha história com esse trio de músicos de nome imenso começou em 2017 nas calçadas da Avenida Paulista, ocasião em que o Roadrock ainda nem existia, quando fui conferir o show do Genesis Archives, a acontecer no palco do SESI. Foi a comemoração dos 30 anos do Seconds Out, lendário álbum duplo do Genesis, registro da turnê de 1977, que inclusive passou pelo Brasil.

Guilherme e Dilson (guitarra e baixo)

E foi pouco antes de chegar ao local do show que me deparei com o inusitado trio. Lembro me que na época o baixista ainda era outro, que logo cedeu suas quatro cordas para o legítimo representante da cidade de Pirassununga, o grande e sabático Dilson Siud(hoje também responsável pelo baixo de peso do Electric Funeral, tradicional tributo ao Black Sabbath, liderado pelo mítico baterista Vitão Bonesso).

Imediatamente sequestrado pela sonoridade setentista que me remeteu em primeira instância aos tempos do Deep Purple com Tommy Bolin, naquela mesma oportunidade comprei os dois CDs do Stringbreaker, certo de que estava levando obras de grande criatividade, qualidade e personalidade. E foi mesmo uma grande aquisição, pois o trabalho do trio, Blues Rock Instrumental, como eles gostam de se classificar, é uma baita viajem ao melhor do Rock Clássico Setentista capaz de agradar todo e qualquer “bicho grilo” ou fã inveterado das bandas antigas que tanto amamos. Tudo sem deixar de ser o que eles se propõem, pois o som do trio é pura paixão, eletricidade e cordas, muitas cordas, quebradas ou não. Uma verdadeira “tijolada na oreia” com classe! Tanto que o terceiro registro que já veio dar o ar de sua graça chama se Brick in a Tie, um tijolo de gravata e já se tornou símbolo da banda que toca sempre com um tijolinho muito bem trajado para quem quiser ver.

O quarto registro, uma gravação ao vivo também já está disponível e trás também a referência ao tijolo. Brick is Alive! nos mostra o quanto o som dos caras pode ser selvagem, elétrico e de muito bom gosto. E nós do Roadrock gentilmente “garfamos” algumas apresentações deles, divulgando o grande trabalho como nossas primeiras matérias. Por esse motivo não poderíamos deixar de citar esses caras agora.

O Stringbreaker and the Stuffbreakers é formado por Guilherme Spilack na guitarra (detalhe que esse aí também toca no Children of the Beast, um dos melhores tributos ao Iron Maiden do Brasil), Dilson Siud no baixo e Sérgio Ciccone na bateria e toca sempre nas calçadas da Paulista totalmente de graça. Claro que paralelo a isso também desenvolvem trabalhos da mais alta qualidade em alguns bares da cidade e até mesmo em estações de Metrô. Trabalho, trabalho e trabalho caracterizam a vida desses caras e só poderiam dar bons frutos.

Semana passada a banda já não mais se encontrava em terras brasileiras. Anunciaram sua primeira turnê pelos Estados Unidos. Os três aventureiros do Rock iniciaram no último dia 8 de agosto sua cruzada entre Ohio e Nova Iorque, levando uma série de shows que inclui a Meia Maratona do Rock’n’Roll Hall of Fame em Cleveland, Ohio.

da esquerda pra direita: Guilherme, Sérgio e Dilson

Além dos espetáculos, o conjunto ainda firmará parceria com o selo americano Silent Brew Records, gravando material inédito no Eastside Sound Studios em Nova Iorque, famoso por ter produzido canções ganhadoras do Grammy Awards.

Evidente que se trata de um trabalho sensacional, que será agora reconhecido internacionalmente. A Dona Ana Rosa, mãe e incentivadora do Guilherme Spilack e da banda não deve estar se aguentando de tanto orgulho. Pois se tem uma mãe que participa é essa. Uma pessoa maravilhosa muito fácil de desenvolver grande amizade, que quando presente nos shows faz questão de trabalhar na publicidade da banda, conquistando todos os presentes com sua simpatia.

Por hora vocês podem ver algumas cenas dos shows que já estão acontecendo lá fora acessando a página dos caras:

https://www.facebook.com/StringBreakerRock/

E para você relembrar ou conhecer esse grande trio, eu separei alguns momentos.

E pode ficar tranquilo, é muito pouco provável que eles abandonem as cenas locais, então logo a Paulista será presenteada com mais apresentações.

Com vocês, o Stringbreaker and The Stuffbreakers!!

Marcos Falcão.