Skull Fist em São Paulo no Carnaval!

Dia 20 de fevereiro, segunda feira, rolou um festival de Heavy Metal a moda antiga no Jai Club, uma casa muito simples, conhecida primeiramente por seus shows de outros estilos mais populares, o que não foi o caso nesta ocasião especial e inusitada.

Não que juntar algumas bandas nacionais seja algo muito difícil de acontecer, mas fazer isso e ainda ter como atração principal uma banda de outro país, isso sim era algo difícil de acontecer.

Graças a Caveira Velha Produções o evento se tornou possível agregando a parte mais tradicional da tribo Headbanger em São Paulo a fim de prestigiar muito peso e personalidade.

Não faltaram visuais pra lá de “posers”, cheios de couro, tachinhas e cabelos dos mais variados comprimentos e cores. Uma reunião sensacional de figuras que pareciam ter saído de uma máquina do tempo ou de algum filme no estilo Detroit Rock City. O clima totalmente anos 80 foi fascinante e mágico e contagiante.

Seguraram a galera quatro bandas muito competentes e apaixonadas pelo estilo, Sweet Danger, Axecuter, Murdeath e Hellway Train. Todas divulgando suas ideologias e deixando claro seu amor incondicional ao Heavy Metal! Os brasileiros seguraram muito bem e introduziram o público à atração principal com muita competência e personalidade.

Mas quem realmente lotou a casa e ganhou a simpatia de todos, foi o canadense Skull Fist, atração principal deste “carnaval bizarro”.

Formada em Toronto durante o ano de 2006, os caras nos trazem um som retrô com influência de Metal oitentista galgado no Speed Metal e Thrash Metal.

Fundado pelo vocalista e guitarrista Zach Slaughter, o Skull Fist hoje conta também com: Casey Slade (baixo), Jonny Nest (guitarra) e JJ Tartaglia (bateria) e possui uma discografia singela, com apenas quatro álbuns e alguns eps, mas consegue envenenar a plateia como se tivesse muito mais munição.

A maior parte do povo sabia as letras de cor e cantou tudo que pôde junto com a banda. Empolgadíssimos abriram várias rodas, o que tornou tudo muito mais divertido. Teve mosh por parte do público e por parte do vocalista que se atirou duas vezes na galera, sendo carregado com fervor e devolvido ileso ao palco, como não poderia deixar de ser.

Ao vivo a banda demosntrou muita competência, peso e presença, como deve ser um show de Heavy Metal de verdade. O som da casa não deixou a desejar e garantiu o melhor carnaval que tive em mais de dez anos.

Fã do Skull Fist desde 2014, para mim foi uma grande oportunidade poder ver os caras de perto e curtir um som de verdade, feito para qualquer Headbanger se matar de tanto agitar.

O clima dos caras no palco lembrava descaradamente o Metallica nos seu primeiros shows das turnês do Kill ‘em All. Simplesmente fantástico!

Muito interessante esse movimento que já dura vários anos no mundo inteiro, onde a moda principal é beber nas forntes de grandes bandas do estilo que hoje já nem existem ou fazem mais o som que faziam.

Esses novos artistas tem a missão de reviver os dias de glória, quando o Heavy Metal, além de ser o terror dos pais e “religiosos” de plantão, era a paixão da molecada rebelde que o transformou em modo de vida.

Não houve um momento sequer em que pode se dizer que a vibração abaixou. O set dos caras foi feito para manter a fogueira acesa o tempo todo, não deixando espaço para descansar! Parecia que o singelo Jai Club ia desmoronar com tanto peso e velocidade, mas o lugarzinho aguentou bem, tanto que em breve vai receber nova pancada, pois Neil Turbin, primeiro vocalista do Anthrax vai fazer um show lá com materiais do primeiro disco, do ep Armed and Dangerous e do incrível Spreading the Desease...

Bombástico é pouco para classificar o que vai ser esse show!

Portanto prepare se!! A máquina do tempo continua funcionando e o Jai Club parece ser o lugar ideal para viver o Metal de novo, como nos velhos tempos...

Set list do Skull Fist:

Hour to Live

Get Fisted

You’re Gonna Pay

Long Live the Fist

Blackout

Ride the Beast

Heavier Than Metal

Sign of the Warrior

Bad for Blood

Head of the Pack

No False Metal

You Belong To Me

Marcos Falcão