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Servus: Uganga

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 14 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

(Originalmente publicada em 01 de abril de 2019)


Cada um vai “sextar” como bem entender, e o Roadrock o fez visitando o estúdio Espaço Som, na musical Rua Teodoro Sampaio. (A atitude roqueira já começa pelo fato de Teodoro Sampaio ter sido o primeiro filho de escrava a ser um deputado federal no Brasil…)


Chegamos cedo graças à exímia pontualidade de Marcos, que tem verdadeiro pavor em chegar atrasado em qualquer lugar. Fomos logo recepcionados com grande efusão pela assessora Susi dos Santos, cuja cativante energia me animou (até então eu só estava com as mãos nos bolsos do sobretudo analisando o local). Tal era meu objetivo: Ver os mineiros do Uganga transformarem o estúdio com seu som que Manu Joker, o vocalista, define pura e poderosamente como “rock pesado”.


Minha preparação havia sido simples: Sem pretensão alguma, escutei o álbum “Opressor”, de 2014, no Spotify. Naquela noite de sexta, o Uganga apresentaria ao mundo o álbum novo, “Servus”. Chamou-me a atenção algo que eu não escutava há algum tempo no rock: Crítica social coesa. Sem dúvida alguma, o compositor tinha uma visão de mundo um tanto plural e abrangente que transformou no que a gente gosta de ouvir: Metal. O “Opressor”, que encarna a figura das vicissitudes humanas na capa do álbum, me fez relembrar a sombra que habita naturalmente a humanidade – ou, se você concordar com Rousseau, a sombra que a sociedade implanta no homem.


Voltemos à noite de sexta-feira: Três guitarras, um baixo, uma bateria, um vocal nervoso e muito peso: Eis Uganga em toda a sua glória metaleira. Abriram o show com “Servus”, faixa que intitula o álbum, esfregando sem piedade na nossa cara que se há inconsequentes no poder a culpa é toda nossa. Há a suave e doom faixa Dawn, a única em inglês no álbum, e que rendeu a brincadeira de Joker de apresentar o guitarrista Thiago Soragi como “Paco de Lucía” quando ele pegou o violão. Conquistou-me a música “7 Dedos”, que narra um pouco do fim que levou o cangaceiro homônimo quando fugiu para Goiás, história que o compositor ouvia de seu pai, como observa na letra. O refrão me lembrou o feeling de Tony Iommi para compor riffs, e tudo o que me lembra Black Sabbath só pode ser bom. Também vale atenção a performance da banda na faixa “Lobotomia”, digna de arrepios a ponto de fazer com que eu me sentisse andando no corredor de um antigo e sombrio manicômio. O Uganga terminou o curto espetáculo com a faixa “Fim de Festa”, finalizando a noite com a certeza da expertise dos mais de 20 anos de carreira da banda.


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Uganga

Quando o show terminou com uma vivaz salva de palmas, nós do Roadrock tratamos de ir conversar com os membros da banda. Quem nos recebeu foi Manu Joker, o vocalista e fundador. Fora do palco, onde o carisma e a fúria musical o dominam, Manu passa uma impressão sossegada, assertiva e, por que não dizer, mineira. Com simpatia e disposição, ele nos conduziu até uma área aberta aos fundos do estúdio, onde os presentes conversavam animados. O resultado desta conversa você vai conferir em breve no nosso canal no YouTube.


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Marcos Falcão e Manu Joker

Depois do bate-papo, nos encontramos novamente com Susi, que me concedeu uma cópia do Servus e estimulou o trabalho que fazemos aqui no Roadrock. Orgulhosamente, disse que gosta de trabalhar nos bastidores. Eu a compreendo, a vista também é linda dos bastidores.

Enquanto preparamos a entrevista para você assistir, faça um favor aos seus ouvidos e escute Servus, o novo álbum do Uganga.




Alana Freitas.

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