Roadrock On Stage 04 - 8 ºTriumph of Metal - Golpe de Estado

Em 1985 Nelson Brito (baixo), Catalau (vocal), Hélcio Aguirra (guitarra) e Paulo Zimer (bateria) fundaram o Golpe de Estado, que cantando em português deixaram a sua marca em uma geração, fazendo uma espécie de Hard Rock que até os fãs de Metal acabaram gostando, com muita personalidade e riffs poderosos. O primeiro disco auto intitulado saiu em 1986, lançado pela Baratos Afins depois veio o segundo, “Forçando a Barra”, lançado em 1988 com participações de membros dos Titãs na música “Onde há Fumaça, há Fogo”.

Em 1989 lançaram “Nem Polícia Nem Bandido” saiu pela Gravadora Eldorado, inclusive nesta ocasião o Golpe teve a oportunidade de abrir para o Jethro Tull e o Nazareth.

“Quarto Golpe” veio em 1991, quando abriram para o Deep Purple, e “Zumbi” foi o primeiro registro a vir no formato CD em 1994, inclusive a faixa título tem a participação da Rita Lee, autora das letras. Também nesse álbum a gente tem a primeira composição em inglês, Slow Down, juntamente com cover de de My Generation do The Who e “Hino de Duran” , do Chico Buarque.

Em 1996 os caras lançaram um primeiro registro ao vivo e foi aí que o Catalau deixou a banda, sendo substituído por Rogério Fernandes que ficou até 1999, quando Catalau voltou e ficou até 2004, na ocasião de gravação de “Pra Poder” com Kiko Muller.

Mas havia mais mudanças a espera do Golpe. Em 2010 entraram Dino Linardi e Roby Pontes, respectivamente vocal e bateria, nos lugares de Kiko Muller e Paulo Zimmer, lançando em 2011 “Direto do Fronte”.

Com a morte de Hélcio Aguirra em 2014, o Golpe de Estado encerrou sua carreira no ano seguinte, retornando em 2016 com nova formação composta por João Luís (vocal), Nelson Brito (baixo), Roby Pontes (bateria) e Marcello Schevano (guitarra).

Com esse line up o Golpe se apresentou no 8º Triumph of Metal em Pouso Alegre, MG, na turnê de comemoração de 30 anos, marcada pelo lançamento do DVD, que estava à venda no evento.

João Luís é um vocalista de personalidade marcante, com timbres a lá Ronnie James Dio, que se apropria do placo como ninguém, ganhando todas as atenções, principalmente por sua positividade e simpatia, características extremamente ligadas ao seu grande talento e domínio de público. Daí você tem a experiência e perícia do Nelson Brito, com um baixo muito bem tocado, e a guitarra poderosa de timbres excelentes do Marcello Schevano, sempre uma grande performance desde seus tempos de Electric Funeral, aliado a bateria essencial de Roby Pontes. Pronto: taí uma formação poderosa que não tinha como dar errado. Não menosprezando a história do Golpe, nem o talento de seus ex membros, mas hoje a banda se apresenta com um poder de fogo que nos traz maturidade, perfeição e acima de tudo um som muito consistente e bem feito demais, com peso e trampo na medida certa, deixando nas pessoas a sensação e o desejo de ótimos materiais novos que podem estar por vir, mantendo a tradição de um medalhão do Rock nacional em aparecer sempre com um clássico.

Destaques para a sempre pedida “Noite de Balada” e a abertura bombástica com “Janis”. Mas de uma forma geral, foi “um som muito louco” atrás do outro, agradando o público que esperava o Tim Ripper Owens.

Mais um grande momento desse festival, que reuniu ótimas atrações, uma após a outra, coisa que a gente nem sempre vê nos eventos por aí.

O Golpe de Estado tem uma forte ligação com o pessoal, criando um clima de celebração quase que espontâneo e esta formação traz também um fôlego novo a toda história da banda, que sempre teve acesso a todas as tribos.

Veja o show completo no link abaixo, na quarta edição do Programa Roadrock On Stage e tente não querer comprar o DVD dos 30 anos...

Saiba mais sobre os caras no Facebook: https://www.facebook.com/bandagolpedeestado/

Marcos Falcão.

Fotos de Jonaan Carvalho gentilmente compartilhadas por Rodrigo Azevedo.