Roadrock On Stage 03 - 8 ºTriumph of Metal - Sinaya
- Roadrock Blog
- 28 de abr. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de mai. de 2019
Oriundo de São Paulo, o Sinaya apresenta um diferencial nas bandas de Death Metal por ter em sua formação quase todos os membros femininos. Salvo o novo guitarrista, Bruno Kozseran, o resto são meninas que se saem muito bem, provando para todo mundo que as mulheres também são feras no que diz respeito ao Metal.
Mylena Mônaco (vocal e guitarra), Bruna Melo (baixo) e Cynthia Tsai (bateria) desfilam um som grotesco, a lá Obituary, rápido, pegajoso, furioso e muito bem trabalhado, junto ao novo guitarrista que combina muito bem no clima sepulcral que a gente sente no som da banda.
Apresentados pelo emblemático Willba Dissidente, que com a frase “No fundo de cada cova há muita dor”, introduziu o show, o Sinaya se esforçou em entregar uma das apresentações mais pesadas da noite, deixando o público extremamente satisfeito, até mesmo aqueles que não curtem muito o estilo.

O Death Metal do Sinaya invoca as profundezas da morte, desenterrando aquele sentimento ancião que todo o fã de Heavy Metal tem dentro de si. Nos faz lembrar coisas como Benediction, Death, Dark Angel, Canibal Corpse, além do Obituary, como já disse antes, entre outros nomes clássicos do estilo que todo o banger já teve acesso em algum momento de sua vida.
O efeito do som dessa banda começa na boca do estômago, junto com as vocalizações brutais da Mylena Mônaco, e depois se propaga pelo corpo inteiro, provocando arrepios que se traduzem em alimento para o “diabinho do Death-Thrash-Metal” que criamos desde os tempos do Slayer, Destruction e Sodom! Afinal, quem nunca...?

Mas enfim. Furioso, pesado e muito profissional. Só achei a guitarra do Bruno Kozseran um pouco baixa em alguns solos que soariam mais legais se fossem mais destacados para o público. Fora isso o show foi impecável e apesar do estilo, a banda despertou muita simpatia, mostrando que o Death Metal é uma arte que necessariamente não precisa que seus músicos sejam “de mal com a vida”. Isso se chama maturidade e experiência.
Destaques para a frenética baterista Cynthia Tsai que se virou muito bem durante toda a apresentação, dando um show de velocidade e energia. Ela foi realmente “ninja” em muitos momentos da noite. Também não posso deixar de mencionar a simpatia da banda em receber o carinho do público depois do show. A baixista Bruna Melo conversava com a gente ainda no palco, cheia de sorrisos e muita delicadeza, diferente de quando está em ação, com caras e bocas e uma performance muito segura com seu baixo poderoso. Ela é uma graça, assim como as outras duas.
Sério, fora do palco, com tanta delicadeza e simpatia, ninguém imagina a massa sonora que essas garotas conseguem despertar com seu som. Simplesmente sensacional. Lembrando que claro, há público específico para o Death Metal, mas este que vos fala possui um “pezinho” em cada canto do Rock e Metal, portanto, é fácil compreender algo de grande valor em qualquer estilo relacionado. Antes de tudo ainda sou fã do antigo Sepultura, Slayer, Metallica (os bons tempos!) e outras coisas imortais como o Death e Destruction por exemplo. Então não se trata de bajulação não, o Roadrock não faz isso. O que fazemos, especificamente eu, é valorizar aquilo que percebemos ser coisa boa, e o Sinaya se mostra excelente no que faz, o que fica evidente ao vivo e na escuta de seu álbum Maze of Madness, que tive o prazer de ouvir antes de escrever essa resenha.

Muito bom é pouco para essa banda. Eles realmente se destacam no estilo. Mentiria para todos se dissesse que não gostei. Valeu muito a pena estar presente e conhecer esse trabalho.
Se você duvida, atreva se a ver o show delas no link abaixo, o terceiro Programa Roadrock On Stage, primeiro registro de qualidade de Death Metal do nosso canal. Mas esteja avisado: altas doses de peso, velocidade e barulho...
Conheça o trabalho do Sinaya no Face: https://www.facebook.com/sinayaofficial/
Marcos Falcão.
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