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Rick Wakeman Project – 17 de Agosto de 2019 - MIS

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 29 de ago. de 2019
  • 6 min de leitura

Foi bem antes de começar os trabalhos com o Roadrock que vi uma propaganda no Facebook, na verdade era um convite a todos que quisessem conferir um ousado projeto que se realizaria no Teatro UMC. A Jornada ao Centro da Terra, interpretada na íntegra pelo grupo Rick Wakeman Project. Fiquei muito interessado, pois se tratava da obra máxima do Mestre dos Teclados Rick Wakeman, uma figura fantástica que já havia sido membro do Yes, com os quais realizou trabalhos ímpares, que hoje se tornaram medalhões obrigatórios para todo e qualquer fã de Rock Progressivo. Assim como alguns de seus trabalhos solo, onde figura inclusive o sensacional Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, outra obra de significativo valor.


Sandro Premmero, Alex Bessa e Jonathas Queiroz

A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi se haveria uma orquestra como na gravação original. E por esse motivo fiz contato com o idealizador do projeto, o magnífico tecladista Renato Moog. Ele me disse que não haveria orquestra, mas que as partes orquestradas, assim como todos os arranjos estavam impecáveis e que eu poderia ir assistir sossegado. Me garantiu a qualidade do espetáculo. Isso me encheu de esperança, pois ver essa obra é um sonho que mantenho desde 1990, quando conheci os trabalhos do Mestre Wakeman. Em 1999, no Memorial da América Latina, pude contemplar maravilhado a interpretação do Rei Arthur em dois momentos, inteiramente de graça, com a Orquestra Sinfônica Jovem de São Paulo e outros músicos. Sai maravilhado e depois soube que o mesmo evento havia acontecido no ano anterior com a Jornada ao Centro da Terra. Senti um profundo pesar que só passaria com esta nova experiência, até então inédita no contexto das bandas tributo que tenho acompanhado há muitos anos.


Regina Migliore, Carina Assencio, Sandro Premmero e Jonathas Queiroz

De fato. Naquela ocasião em 2017 eu realizei meu sonho. O que se deu no UMC foi um espetáculo com músicos acima da média e arranjos que dispensavam inteiramente a orquestra real. Até mesmo o coral de vozes foi perfeitamente substituído por três cantoras maravilhosas, com as quais eu acabaria estabelecendo fortes relações de amizade que me levariam para diversos outros caminhos, onde conheceria vários trabalhos artísticos delas. Inclusive dos outros membros do projeto. O Roadrock nasceu ali, naquela noite de sonho, onde inclusive conheci e me tornei amigo também do fotógrafo Marcos Vinicius Troyan Streithorst, um entusiasta do Rock Progressivo e doente pela banda Genesis, outra de minhas paixões lendárias.


Carina Assencio e Marcos Falcão. Foto recordista com mais de 100 curtidas na minha página do Facebook!

Pouco mais tarde tudo se interligou aos trabalhos do vocalista e amigo de longa data, Roger Troyjo e pude construir uma rede de bandas e talentos que poucos têm o privilégio de ter como amigos. As cantoras Carina Assencio, Regina Migliore e Aline Polisello me apresentaram seus trabalhos em outras bandas, onde também figuram músicos sensacionais, como o baterista Cassiano Music Man (marido da Carina), o guitarrista Alexandre Chammy(marido da Aline) e o multi instrumentista Horácio Rosário (namorado da Regina), além de outros músicos, como o baixista Sandro Premmero e seus trabalhos de jazz no Projeto Music Man Jazz, e progressivo no sensacional Atmosphera, entre outros bons momentos que fizeram e continuam fazendo parte das linhas da página do Roadrock já há quase dois anos!


Momentos. Banda completa. Harley Nóbrega na última foto.

O próprio tecladista Renato Moog foi uma descoberta fora de série. Ele idealizou o projeto nota por nota, construindo tudo com muito amor e competência, de forma artesanal. Inclusive escolhendo os músicos a dedo, um grupo de apaixonados por Rock Progressivo, extremamente carismáticos e competentes. Renato foi também uma amizade valiosa que conquistei. Hoje ele está aposentado, preferindo percorrer outros caminhos que não à música. Mas o Rick Wakeman Project, após dez meses fora dos palcos, ressurgiu de forma esplêndida, com o aval do Renato Moog e a presença nos teclados de Alex Bessa, outro maníaco por Rick Wakeman, que já fez parte do tributo Yessongs, há mais de vinte anos na ativa.


Aline Polisello(flauta), Carina Assencio e Regina Migliore

E com todas as estrelas no palco reunidas, inclusive o expressivo ator Harley Nóbrega, encarregado das narrações da Jornada, com uma produção impecável e de muito bom gosto, na noite de sábado, dia 17 de agosto se deu a volta há muito esperada do grande Rick Wakeman Project, que nos levou a um universo paralelo de sonhos, onde fomos da corte do Rei Arthur aos caóticos domínios do Rei Henrique VIII, para depois penetrarmos no Centro da Terra...


Aline Polisello

Um show onde o carisma, dedicação e talento dos músicos quase que se sobressai às composições originais, tudo feito com muito cuidado, delicadeza e principalmente beleza, deixando transparecer por todo o tempo a grande emoção que os artistas sentem ao interpretar toda essa obra, que ganha vida magnificamente em pleno século XXI, atingindo em cheio coração das pessoas.


Arthur abriu a noite. Já nos demonstrando que o Alex Bessa não estava ali por acaso. Magnifico é pouco para descrever o cara, que mesmo nervoso, emocionado e feliz, nos trouxe o melhor. Muita simpatia, propriedade e sentimento em suas execuções. Uma bela capa caindo lhe sobre os ombros, assim como o Mestre Wakeman. Só lhe faltou os cabelos para a perfeita personificação, que contavam de sobra na belíssima cantora Aline Polisello, com sua bem cuidada cabeleira loira passando da cintura, como de costume desde a primeira vez que a vi.


Jonathas Queiroz e Cassiano Music Man

E por falar em cantoras, as três ninfas nos encantaram por toda noite, mostrando ao público que ficam ainda melhores a cada novo trabalho e que os dez meses não fizeram nenhuma diferença que não fosse para melhor. Elas se divertiam no palco e colocavam toda sua alma em cada nota, muitas vezes roubando a atenção de todos. Os momentos solos foram acima de todas as apresentações anteriores. Carina Assencio em Julia, do álbum 1984, brilhou de forma absoluta e Regina Migliore ganhou todos os corações em Echoes e Quaternary Man(peças da Jornada que só vieram à luz neste século, pois não contam das gravações originais de 1974), numa delas acompanhada pela flauta transversal da fada Aline Polisello. Momentos que distribuíram encantamentos singulares.


E durante a Jornada ao Centro da Terra também fomos presenteados pela voz da flautista e multi instrumentista Aline, uma mistura de harmonia, poder e beleza, chegando a dar uma saudadezinha de seu grupo de música medieval, o mítico Oaklore, onde ela esbanja seus encantos sem nenhum pudor em conquistar a todos.



Em termos de voz também somos capturados pelo talento do baixista Sandro Premmero e do singular guitarrista Jonathas Queiroz. Também encarregados dos vocais principais, os caras arrasam, inclusive com a perfeita combinação de seus instrumentos, essenciais em todas as canções da noite. O que se viu foi talento e mais talento, tudo mesclado com sentimentos únicos de artistas que não brincam em serviço e se harmonizam com perfeição, uma banda leve e segura de seu trabalho.


Não posso deixar de mencionar aqui o Mestre Cassiano Music Man, que faz de sua bateria algo cheio de classe e precisão em tudo que participa, não sendo diferente neste projeto, onde ele fica muito confortável em meio às composições complexas e viagens malucas. O cara é um perfeccionista que faz sempre no mínimo o melhor, seja no Rock ou no Jazz, ou no que quer que ele se proponha fazer. Sempre é garantia de sucesso e um grande prazer presenciar seus trabalhos.


Nosso narrador, o ator Harley Nóbrega, com sua presença marcante e voz de igual impacto, tem a capacidade de ligar as canções da Jornada com muita emoção, chegando a soar ainda melhor que o narrador original. Aliás a voz de Jonathas Queiróz também é bem melhor que o cantor da obra original, soando mais afinada e emocionante.


Despedida em grande estilo! Da esquerda para direita: Regina Migliore, Aline Polisello, Carina Assencio,Sandro Premmero, Alex Bessa, Jonathas Queiroz, Cassiano Music Man e Harley Nóbrega.

O bis se deu com a majestosa Guinevere, interpretada com classe, e uma beleza que eu ainda não tinha visto nas apresentações anteriores, mesmo elas tendo sido impecáveis. A canção soou como um presente de agradecimento a todos que estavam ali e confiaram no trabalho da banda. E isso você pode conferir no vídeo no final da matéria. Tudo muito bem tocado e preparado para tocar o coração de todos, um verdadeiro presente de despedida até a próxima apresentação.


A emoção foi uma constante para público e banda, e no final do show o baixista e cantor Sandro Premmero agradeceu muito a nossa presença com os músicos unidos no palco demonstrando sua alegria em compartilhar conosco todo seu talento numa noite tão especial. Fomos recebidos por eles fora do palco com muito carinho e atenção, algo sempre muito gratificante. Afinal quem é que não gosta de partilhar alguns momentos e ideias com gente tão interessante e amável?


Ainda nesse espetáculo encontrei os fotógrafos Marcos Vinicius Troyan Streithorst, Antônio Carlos S. Coelho e Moa Cunha, além de ter a honra de assistir tudo ao lado do multi instrumentista Horácio Rosário, que faz parte das bandas 80 Graus, Phil Collins Experience e Rock Memory, momentos em que pudemos trocar nossas impressões sobre o show e várias ideias relacionadas aos trabalhos que ele realiza e que virá a realizar.


Foi uma noite ímpar, sobre a qual tudo que eu puder escrever ainda é pouco. Deixo para vocês as imagens que gentilmente me foram cedidas pelo grande Antônio S. Coelho e alguns momentos em vídeo que consegui registrar. Mas fica o meu compromisso de publicar a Jornada ao Centro da Terra na íntegra, assim que eu conseguir gravar em outra oportunidade, com mais qualidade.






Dia 26 de setembro tem outra oportunidade no Teatro Fernanda Torres. Se puder embarque nessa viagem, é garantia de sucesso!!



Contribuição mais que bem vinda das belas fotos do fotógrafo Antonio Carlos S. Coelho!

Marcos Falcão.

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