Only a Fool will Play That – Steely Dan Cover - Bourbon Street – 28 de abril de 2019
- Roadrock Blog
- 16 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Only a Fool will Play That – Steely Dan Cover se apresentou no Bourbon Street numa noite chuvosa de 28 de abril deste ano, com toda sua arte, perfeição e beleza. O ousado projeto que conta com 12 músicos, Cassiano Music Man (bateria), Roger Troyjo (vocal principal), Marcelo D’Angelo (guitarra), Vinicius Nipote (baixo), Mário Carvalho (teclados), Carina Assencio, Regina Migliore e Rachel Cossermelli (vocais), Wesley Pereira (trompete), Francys Silva (trombone), Danúbio Pantoja (sax) e João Farias (percussão), se preocupa em resgatar o som do original e inovador (para a época), do Stealy Dan. Banda inclusive que fez muito sucesso nos anos 70, atingindo diversas tribos urbanas nos EUA, marcando uma época inclusive no resto do mundo.

Ano passado, dia 27 de julho, fizeram uma estrondosa apresentação no Teatro UMC (que você pode encontrar a resenha aqui no blog ), que agradou demais a todos os presentes na ocasião. E agora, amparados pela qualidade e estilo do Bourbon Street, puderam realizar um espetáculo ainda melhor, à altura não só do original, mas de grandes momentos da história da música americana.
A impressão presente a todo momento era de se estar em Nova Iorque. A casa oferece uma moldura perfeita à exibição da arte que esses músicos excepcionais nos proporcionam do início ao fim. A reação dos presentes era a mais empolgada possível, os aplausos de pé eram constantes, não somente no final do show. A química oferecida pela magia do Steely Dan foi algo que encantou a todos sem momentos para dispersão, pois além do som contagiante, naquele palco era tanta coisa para olhar e se impressionar, que os olhos de muitos presentes nem piscavam de tanto contentamento.

Roger Troyjo, vocalista principal, se sente totalmente à vontade com o repertório, apesar de esse tipo de som ir em uma direção um tanto diferente de seus magníficos projetos com Rock Progressivo, conhecidos por todos os que o acompanham nas noites paulistanas. Aqui ele explora seu lado soul e até mesmo, por que não dizer, jazz. E a coisa funciona lindamente, fluindo através de um instrumental coeso e preciso, algo que se completa de forma extra ordinária com o trio das divinas cantoras Carina Assencio, Regina Migliore e Rachel Cossermelli, que são um show à parte, com beleza, simpatia e charme. As garotas enchem de sedução a apresentação, enriquecendo ainda mais a constelação de estrelas que se distribui pelo palco. O trio tem um papel essencial na magia toda que reproduz em pleno século XXI canções únicas e inesquecíveis para os fãs. Elas são simplesmente absolutas no que diz respeito à beleza e talento, com vozes magníficas e afinadíssimas.

Também merece destaque o estupendo trio de metais, que se torna ainda mais interessante nesse ambiente, corretíssimo para esse tipo de som, onde inclusive o baterista Cassiano Music Man se sentiu completamente em seu ambiente mais propício, podendo contribuir de forma espetacular no desempenho ímpar da banda inteira.
Falar sobre o talento e versatilidade de Vinícius Nipote no baixo é chover no molhado. Aqui, como no Yessongs, o cara arrasa e nos mostra como é importante um baixo bem tocado em qualquer tipo de som. Tudo isso aliado ao compromisso e talento de todos os outros músicos faz de uma apresentação desse projeto algo único e especial que deve ser apreciado em todas as oportunidades.

Foi uma noite especial que se destacou também pelo carinho desses artistas, sempre dispostos a uma boa conversa, antes e depois do espetáculo, acolhendo todos que se aproximaram. Os amigos de sempre. Alessandra Moscato e seu marido Galo, com quem compartilhei inúmeras lembranças de histórias que vivemos em comum no mundo do Rock desde jovens, também estavam por lá. Assim como a delicada e encantadora Juliana Manzan e seu simpático marido Robson Arrigui, com quem tive ótimas conversas.
Foi inclusive uma boa oportunidade de fazer novos amigos, como a adorável Fernanda Zeni e mais um fotógrafo gente boa, o Moa Cunha, com quem dividi a minha indignação pelos limites que o local impôs aos nossos registros em vídeo (sim amigos...nem tudo são flores no Bourbon Street).

O Marcos Vinícius Troyan Streithorst (finalmente guardei esse nome!!), também estava lá fotografando tudo com sua lente mágica, cheia de sensibilidade e poesia. Tive a oportunidade de rever os pais do Cassiano Music Man, sempre um grande prazer , ou seja, a noite foi tudo de bom dentro e fora do palco. Saímos quase todos por último, ainda gastando um bom tempo de conversa na rua, até que o adiantado da hora nos fez ir para casa.
Consegui registrar alguns momentos específicos do show, que você pode conferir no link abaixo, mas espero ainda poder estar presente em outra oportunidade, em outro lugar que ofereça mais apoio à divulgação de trabalhos de qualidade, sem regras absurdas que não condizem com toda a qualidade e infraestrutura que esse tipo de lugar oferece.
Fotos: Marcos Falcão e Moamayphotos
Marcos Falcão.
Commentaires