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Noite de Rock Progressivo no Novo Morrisson Rock Bar

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 14 de abr. de 2019
  • 7 min de leitura

(Originalmente publicada em 03 de novembro de 2018)


Ainda bem que a escrita ainda é livre. Pelo menos posso expressar o que senti nessa noite tão especial, visto que a divulgação dos vídeos que gravei da banda Supertramps foram severamente retirados do nosso canal do YouTube, antes mesmo de eu poder pensar em compartilhar! A justificativa foi por uma reclamação de uma empresa que nunca ouvi falar, que nem mesmo é brasileira, sobre direitos autorais… Fiquei extremamente desapontado, ainda mais por descobrir que não há o que fazer. Portanto sobre esta banda, só me resta mesmo divulgar as fotos e escrever. Peço desculpas aos leitores e amigos que acompanham o Roadrock, pois faltará essa parte nos links dos vídeos no final da matéria.


O Novo Morrisson Rock Bar é uma evolução em relação ao anterior. Um ambiente moderno, maior, com um bar muito bem colocado e eficiente, uma área livre em frente ao ótimo palco, com mesas distribuídas numa região extensa e cercada à direita. No andar de cima, à esquerda, uma região semelhante, tudo garantindo o conforto de quem gosta de assistir seu show numa boa. Do outro lado do bar, abaixo do primeiro andar, um corredor com um balcão extenso, por onde se pode tranquilamente tomar um drink ou comer algo, enquanto o som pega fogo no palco. Os lanches são muito bem montados e apetitosos e podem acompanhar todo tipo de bebida, tudo com ótimo atendimento, sem aquela chatice dos garçons no seu pé o tempo todo. A casa possui uma eficiente segurança, muito bem orientada e atenciosa com as pessoas. Tudo funciona muito bem amarrado, criando um clima de conforto que nem sempre a gente vê em casas do gênero.


Nessa noite em questão, tive o prazer de reencontrar o baterista Fernando Loia, o qual eu acompanhava em seus tempos com o Genesis Live. Trocamos algumas palavras muito valiosas e soube de sua cruzada pelo Blues e ainda com o Rock. Encontrei também alguns amigos, como a querida Karen Lys, André Bortolo, Igor Goldstein, Dário Figueiredo, Neusa Franschin e Kátia Yamashida. Tive o grande prazer de conhecer o casal Alessandra Moscato e Ronaldo Bernacci (ou “Galo”, como ele gosta de ser chamado). Ambos me foram apresentados pelo precioso Roger Troyjo, uma das estrelas que brilhariam no palco naquela noite. Foi um momento muito valioso, pois trocamos informações e afinidades muito legais, dando início a mais uma bela amizade.


E depois de mais uns momentos de ótimas conversas, desta vez com Igor Goldstein e sua adorável namorada, por volta das 22:30h o Supertramps subiu ao palco, iniciando a incrível apresentação. Luzes e som muito bem trabalhados, mostrando de cara que a qualidade do evento ao longo da noite se manteria impecável. Francisco Weiss(teclados e voz), Renato Rossi(guitarra e teclados), Cadú Bap(sax e voz), Gabriel Rêgo(bateria), Renato Muniz(baixo e voz) e Roger Troyjo(voz e castanholas) simplesmente invocaram o Supertramp! Tudo perfeitamente alinhado e perfeito, nos mínimos detalhes. Muito depressa nos sentimos dentro do lendário Live in Paris, pois há muitas canções daquele show, como não poderia deixar de ser. Impossível fazer um apanhado do Supertramp sem aqueles clássicos. Francisco Weiss e Renato Rossi alternam as inserções de teclados com uma sintonia única e especial, partes fundamentais para a química funcionar tão bem. Uma guitarra muito bem tocada, aliás como o Renato já fazia no antigo Marillion Cover, onde tive o prazer de acompanhar seu trabalho pela primeira vez.


O Sax de Cadú Bap, além de essencial é um show à parte. Muito estilo, sentimento e competência. O trabalho vocal do grupo impressiona, principalmente por contar com mais uma faceta do camaleão Roger Troyjo, novamente nos brindando com seus talentos quase místicos de encarnar as vozes mais belas do Rock. Realmente esquecemos que não é a banda original que está ali de tão perfeito que soa o trabalho deles. E fica evidente no palco o quanto se dedicam a nos trazer o melhor. Eles se divertem com o que fazem e o sentimento empolga a todos, que timidamente vão se aglomerando aos pés do belo palco, pouco a pouco se deixando envolver pela verdadeira viagem de bom gosto e beleza que ganha corações e mentes. Dreamer, Fool’s Overture, Crime of the Century, The Logical Song, Hide in your Shell, entre outras delícias, fizeram o público delirar, numa vibração genuinamente positiva. O trabalho de baixo e bateria de Gabriel Rêgo e Renato Muniz completa a costura do tecido de um som redondo, muito bem amarrado nas composições originais, algo que já não é novidade nas bandas onde o Roger canta, pois ele não pisa em terreno duvidoso e sempre se cerca de músicos espetaculares.


Viagem inicial que levou todos a momentos de sentimentos estelares. Foi assim que o Novo Morrisson ficou ao final do belíssimo primeiro momento da noite. Muita gente surpresa com a qualidade da banda e outros que ficaram apaixonados, não fazendo questão nenhuma de esconder o fascínio estampado nos olhos brilhantes e satisfeitos.


Mas a noite estava só começando…

Após uns vinte minutos o Rush Project deu o ar de sua graça, agitando a galera logo de cara com The Spirit of the Radio, onde nosso querido Alexandre Spiga dá o tom com sua guitarra muito bem tocada. O cara devia se chamar Alexandre Lifeson, pois ele é sensacional. Traz toda força do Metal , mesmo o Rush primando pelo progressivo. Pegada, peso e carisma são atributos obrigatórios neste artista impecável.


O povo agora já estava em número bem maior e lotava a pista. Claramente o tom de tranquilidade anterior foi substituído por uma euforia sem tamanho. A energia era um misto de alegria e empolgação. O Rush tem esse efeito sobre as pessoas. Quem não gosta nem se aproxima. E claro, é a minoria. Aqui também brilhou o espírito indomável e talentoso de nosso Roger Troyjo, numa pegada totalmente diferente de sua banda anterior. Aqui ele se solta, pula, agita e faz todo mundo seguir pela trilha de seu excelente carisma, mostrando porque é considerado por este que vos fala,  o “Camaleão do Rock”.


Animate, Red Barchetta e Tom Sawyer são momentos que colocam fogo quase que literalmente na galera e demonstram naturalmente o quanto a banda gosta de estar ali. YYZ é o momento de descanso do Frontman Roger, mas envolve a todos nas dimensões de um instrumental descontraído e perfeito, onde os músicos se divertem num jardim de notas brilhantes e bem combinadas, prendendo a atenção de um público mais que envolvido. Xanadú foi a representação mais significativa do álbum Farewell to Kings (sem desmerecer Closer to the Heart), a mais longa da noite, pois não pode faltar uma composição dessas em qualquer apresentação do Rush Project, mesmo naquelas menos extensas, como foi o caso aqui.


O baterista Vito Montanaro sempre preciso e com sua poderosa pegada compõe com o tecladista e baixista Wellignton Carrion uma combinação especialmente peculiar, aliando muito talento, dedicação e sentimento, uma coisa que a cada apresentação fica ainda melhor. Não é à toa que todas as ocasiões em que essa banda está presente a garantia é de casa lotado. O público simplesmente os adora e os segue onde quer que vão.


Destaque também para What you’re doing(com inserções inteligentes e muito bem vindas de Whole Lotta Love do Led Zeppelin) e Fly by Night, onde inclusive o Alexandre Spiga desceu no meio do público, criando uma roda de fãs em torno de seu trabalho espetacular, literalmente tocando com a galera. Um grande momento de simpatia e parceria muito bem recebido. Não foi a viagem mais extensa do Rush Project, mas veio na medida certa para agradar em cheio. Depois pude conversar com os caras e soube que teríamos também a presença brilhante do Yessongs se todos os músicos tivessem tido disponibilidade para estar ali, o que infelizmente não ocorreu. Um fã sugeriu ao Roger um evento com todas as suas bandas. Já imaginaram isso? O cara teria que ser um super herói ou inumano para segurar a onda. Sua resposta foi que ao invés disso teríamos sim Yessongs e Genesis Live juntos no mês de dezembro próximo. Portanto fiquem de antena ligada no Roadrock, assim que isso for confirmado divulgaremos diversas vezes e estaremos atentos.


Depois de tudo isso me senti realmente cansado. Fui comer um lanche e tomar alguma coisa, me preparando para assistir e registrar a última banda da noite, que já estava no palco montando seus equipamentos. Logo fui agradavelmente surpreendido pela graciosa Regina Migliore, cantora magnífica que participa de várias bandas e projetos muito interessantes, inclusive do Echoes Pink Floyd São Paulo, prestes a iniciar seu show. Ficamos conversando por um tempo, trocando nossas impressões sobre tudo, inclusive o maravilhoso Roger Waters que havia acontecido dia 9(logo você vai ler sobre isso por aqui também, aguarde!). E tão de repente quanto surgiu, a musa partiu para se juntar aos seus colegas, pois a apresentação estava prestes a começar.


O Echoes abriu o show majestosamente com In the Flesh, bonita e poderosa. A banda completa desta vez, com Rics Carvalho e toda sua imponente presença de palco. Voz e baixo muito bem executados, aliás boas execuções são marcas registradas em todos na banda. Muita personalidade e segurança. Hamilton Matos(guitarra, violão e voz), Eder Martins(guitarra, teclados e voz), Regina Migliore(voz), Babu Sucata(baixo), Henri Abboud(teclados e voz) e José Luiz Rapolli(bateria) compõe o restante da banda. Tudo muito bem feito, primando pelo cuidado de executar um Pink Floyd de respeito e categoria. Algo que notei desde a primeira vez que os vi no Café Piu Piu. Desta vez, com a estrutura  do Morrisson, a banda foi extremamente favorecida e tudo ficou ainda melhor.


A sequência Breathe – Time – The Great Gig in the Sky – Any Colour You Like – Brain Damage – Eclipse foi um dos pontos altos do show, emocionando o público em níveis até então desconhecidos, apesar de toda a vibe das bandas anteriores. Vale destacar a performance irrepreensível de Regina Migliore em The Great Gig… algo muito acima da média, lindo, emocionante, sensacional! Charme, beleza e talento. Atributos que acompanham a moça onde quer que ela vá e que aqui se mostram intensamente, arrancando lágrimas dos corações mais intensos.


Mas o sucesso do show também se  deu graças ao resto da banda que fez um set muito competente, aproveitando o tempo que tinham para nos trazer a essência do Floyd. Tudo feito para agradar desde os mais populares fãs aos exigentes. Destaques ainda para Another Brick in The Wall II, Wish You Were Here e Run Like Hell, que encerrou o show majestosamente deixando o público mais que satisfeito, finalizando de forma espetacular a noite do Rock Progressivo no Novo Morrisson. Certamente um evento inesquecível que ficará para sempre em nossas memórias. Confira alguns momentos nos links abaixo e tire suas próprias conclusões:




Marcos Falcão.

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