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Mansão Wayne

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 9 de abr. de 2019
  • 5 min de leitura

(originalmente publicada em 29 de março de 2018)


Bar Charles Edward, 23 de março de 2018.


Engraçado ver o que acontece por aí. Existem diversas tribos de jovens, de todas as cores e formas, que mantém ainda o hábito de cultuar estilos musicais. Ouve-se de tudo e isso ainda é parte de um modo de vida. Os antigos movimentos baseados em Rock, Punk, Hip Hop ainda existem e mesclam as novas gerações com as mais velhas, ainda presentes nos movimentos. Hoje as coisas são um pouco diferentes, mas algo de antes sempre vai existir. Principalmente entre os mais velhos. E tem aquelas pessoas que apenas gostam de música, independente do estilo, são os ecléticos que se aproveitam de tudo um pouco, sem levar isso como um modo de vida. Esse povo, cresceu aproveitando o melhor de todos os mundos em todas as épocas.


Muita gente ainda é assim, mesmo nesse mundo de infinitas informações e recursos, tantos que nem conseguimos dar conta. A música hoje, de um modo geral, alcança formatos impensáveis há alguns anos atrás. Rádios são quase coisa do passado, resistindo ainda graças aos saudosistas, pois o formato vem sido bem prejudicado a cada ano. Hoje existem as web rádios, onde se pode ouvir o que quiser como quiser e quando quiser.


Todos os antigos formatos de música vêm sido substituídos pelo streaming. Colecionar discos, CDs, fitas é algo que fica cada vez mais restrito a grupos específicos de pessoas, que na maioria das vezes não envolvem as gerações novas, salvo algumas exceções.


Nesse mar de diversidade e tecnologia, surge o saudosismo pelos estilos antigos. Na música pop internacional isso é um fato. As pessoas buscam aquilo que marcou suas vidas, suas juventudes nas décadas anteriores. Nessa vibe há uma grande busca por festas e shows onde se possa reviver aquelas canções de artistas que ainda existem e outros que já se foram ou se encontram aposentados. Daí o retorno ao que foi feito nas décadas passadas, principalmente os anos oitenta, onde parece ser o berço da música mundial. Sem mencionar os anos setenta, onde também aconteceu muita coisa boa.


Pois é nessa pegada que surge a banda Mansão Wayne. Quatro músicos de alto padrão que reuniram se para reviver todos os clássicos da música pop internacional e nacional que marcaram todas as décadas, desde os anos cinquenta. Missão audaciosa, pois existe muita música querida por todo mundo de todas as idades. Então resolvi classificar esse grupo mediante aos seus atributos fundamentais, além de sua especialidade. Carina Assencio (vocal, charme e beleza), Cassiano Music Man (bateria, astúcia e jazz), Paulo Serafim (guitarra, mistério e barba) e Nei Medeiros (teclado, baixo e estratégia) formam um grupo de audaciosos heróis com a missão de trazer às pessoas lembranças de suas vidas, momentos bons que jamais poderiam ser esquecidos.


E o grupo consegue viu? Nesta última sexta no bar Charles Edward, um charmoso ambiente da noite de São Paulo, dedicado à boa música, bebidas e gente bonita, a Mansão Wayne fez sua arrebatadora estreia, levando ao público feliz não menos que o melhor de todos os tempos da música, deixando a galera alucinada.


O show começou quando o bar já estava mais cheio de gente, e iniciou a festa com Simply the best, não menos que da grande Tina Turner, amada por todos, sucesso meteórico nos anos oitenta, que na interpretação impressionante de Carina Assencio soou lindamente e tão poderosa quanto a original. Ficou claro seu poder de fogo, pois em seguida veio uma do emblemático Queen, I Want To Break Free, que pode não ser a melhor música da banda, mas funcionou muito bem ali.


Curioso que durante todo o show o baixo sendo feito também no teclado não deixou a desejar, funcionando muito bem, graças a estratégia do tecladista, que não deixou a peteca cair nem por um segundo.


O charme da vocalista e claro, sua beleza que contagiava a todos, se mostraram ainda mais eficazes quando a banda viajou para mais adiante no tempo, tocando Man I Feel Like a Woman, da Shania Twain, onde a voz da princesa se encaixou lindamente, principalmente no refrão, parecendo demais com a original.


Take on me do A-há fez todo mundo dançar, com a voz misteriosa de nosso Paulo Serafim, cantando e tocando guitarra. O cara manda muito bem e combinou certinho com a doce voz da Carina no refrão. Sério, a gente conseguia ver na nossa mente o clipe antigo, todo feito em desenho de lápis, uma inovação para a época, momento que merece destaque tamanha a importância dessa banda, até hoje na ativa. Não tinha como ficar parado.


Outro momento que não pode ficar sem mencionar foi Girls Just Want To Have Fun, da musa Cindy Lauper. Aqui a banda mostrou ainda mais seu poder e carisma. O tecladista e toda sua engenhosidade parecia ter colocado um playback no fundo, tão fiel que soou à música original e claro, nossa charmosa vocalista deu um show a parte. A menina alcança os vocais quase tão altos quanto os da original, simplesmente demais. Eu sugeri a ela depois do show, fazer uma banda cover da Cindy Lauper, nós ainda não temos isso e ia ser demais. Sweet Dreams do Eurythimics, colada com A Little Respect do Erasure foi outro momento maravilhoso do espetáculo onde novamente o guitarrista deu um show de voz ao lado da Carina. Não é à toa que classifiquei o cara de misterioso, pois é um mistério como ele consegue cantar de formas tão diferentes e ainda tocar tão bem.


E durante todo a festa não posso deixar de mencionar o Cassiano Music Man, que mandou muito bem na bateria com toda sua técnica e astúcia, nosso músico e seu visual noir/jazz, lembrando aqueles filmes antigos, cheios de estilo e classe, mandou muito bem, como de praxe nas bandas que toca.


Vieram diversos sucesso de todas as épocas, deixando a galera louca dançando sem parar. Estoy Aqui de nossa querida Shakira foi um momento maravilhoso onde a banda desafiou o público a cantar o refrão, missão quase impossível para todo mundo… menos pra Carina. A menina canta igualzinho e na mesma velocidade. Confesso que, fora a original, só vi isso uma vez na minha vida e foi a muito tempo, e precisava de duas cantoras para fazer aquilo…

Muito bem acompanhada pela excelente banda, a menina fez bonito e ganhou de vez a atenção do público. E afirmou vitoriosa que a canção ainda continuaria sendo um dos maiores desafios da música pop.


A banda Mansão Wayne desfilou tantos sucessos por aquele palco que garantidamente quem estava presente saiu de lá feliz e emocionado. Houve momentos da era disco, Earth Wind and Fire, Gloria Gaynor, Village People, entre outros, e coisas dos anos cinquenta e sessenta com a mesma maestria de todo o resto.


A noite terminou com hits nacionais de todo o gênero, Sandra Rosa Madalena do Sidney Magal , uma breve introdução de Gretchen e até mesmo uma versão de Evidências do Chitãozinho e Xororó que divertiu uns e emocionou outros…


De fato, para um primeiro show, a banda impressionou bastante pela presença de palco e a competência em executar todas aquelas músicas. Na verdade, a gente queria mais, mas para um começo foi muito bom. Ao final da apresentação todos os membros nos receberam de braços abertos, apesar do excesso de gente lotando o lugar, o que dificultou um pouco o acesso a eles.


São músicos muito simpáticos e receptivos, que tem grande prazer em conversar com todo mundo que se aproxima. Com certeza foi uma festa muito legal, pois é isso que se trata um show da Mansão Wayne, uma grande festa onde todos são muito bem-vindos!


Marcos Falcão.

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