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Eye of the King - King Diamond Tribute - 12 de julho de 2019 Manifesto Bar

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 20 de jul. de 2019
  • 5 min de leitura

Quando eu era muito jovem, lá nos anos 80, caiu em minhas mãos um disco no mínimo inusitado, comparado a tudo que eu ouvia na época. O álbum Abigail do King Diamond me introduziu a um cenário que eu já conhecia muito bem, o mundo do Terror. Eu adorava os filmes do gênero e até me aventurava a escrever redações sobre o tema, fato que chegou a me render prêmios de melhor redação em vários momentos durante meus tempos escolares.


Mas até aquele momento eu não tinha visto um álbum conceitual, ainda mais com temas tão impressionantes como os que o King Diamond nos trazia. Fiquei fascinado com a história presente no álbum e todo aquele “folclore das trevas” que o Mestre nos trazia. Sua voz era outro diferencial que deixava tudo ainda mais atraente. Claro, nem todo mundo pensava assim, por isso o trabalho dele era algo específico, tipo ame ou odeie, e eu amei. Tanto que logo conheci sua outra banda, o Mercyful Fate, com temáticas parecidas, mas sem as histórias e mais voltado a um Metal forte, pesado e sensacional. Não que esses atributos também não fizessem parte da banda King Diamond. Lá também a qualidade, peso e criatividade estavam presentes, com músicos espetaculares.


King Diamond e Mercyful Fate coexistiam no mesmo cenário, nos trazendo materiais diferentes e que entraram para a história do Heavy Metal, prevalecendo até os dias de hoje. Músicos como Andy La Roque, Hank Sherman e Michael Denner nos trouxeram guitarras inesquecíveis, muita presença de palco e um talento acima da média, isso só para citar uma parte dos grandes artistas que trabalharam com o Mestre em ambas as bandas.


Sempre muito bem acompanhado, King Diamond lançou álbuns marcantes e com histórias dignas de roteiros para Hollywood. E no Mercyful Fate também não foi muito diferente, nos trazendo temas dos mundos macabros da Magia Negra e do Ocultismo, sem cair na banalidade óbvia da adoração ao Capeta, pregada pelas bandas de Black Metal desde os tempos do Venom. Isso tudo aliado ao melhor Metal que você poderia encontrar.



Por essas e por outras, me tornei fã de todo material do cara e até hoje, orgulhoso de ter a coleção inteira das duas bandas, curto e recomendo o trabalho desse grande e icônico artista para todo aquele que adora Heavy Metal.


Então, quando descobri o Eye of the King fiquei muito curioso para ver esse trabalho, pois nunca tinha tido a oportunidades de ver um cover desse gênero. Estive nos shows do King Diamond e Mercyful Fate no Brasil, inclusive em 1996 fui agraciado em pleno dia do meu aniversário com um momento com as duas bandas, durante o histórico terceiro Monsters of Rock no estádio do Pacaembu. Foi meia hora com cada banda, uma hora inesquecível com poucos clássicos, mas que deixou a galera louca.


Já faz algum tempo que sei da existência do Eye of the King, mas nunca até então eu tinha conseguido ir vê-los. Felizmente isso foi corrigido recentemente, agora dia 12 de julho, no Manifesto Bar. E posso dizer a vocês que foi uma experiência fantástica. Mesmo antes do espetáculo. Fui ao camarim e conheci todos de perto. A recepção foi calorosa e cheia de alegria. Uma banda satisfeita e feliz em estar ali. Todos muito empolgados e verdadeiros fãs do trabalho do King Diamond. Se você pensa que por causa do Terror os músicos então estariam envolvidos em climas macabros e com velas pretas, invocando o próprio demo, se engana redondamente. O que me deparei foi muito pelo contrário. Todo mundo feliz na maior positividade, brincando e se preparando para tomar o palco. Ivan Martins já completamente caracterizado, muito parecido com o King Diamond, com maquiagem e figurino idênticos, tirava várias fotos e se divertia muito, totalmente descontraído e recebendo todo mundo com sorrisos e muita alegria.


E os outros músicos também, gente muito empolgada e feliz. Quando entraram no palco ao som da introdução Upon the Cross o clima de terror se instalou nos melhores moldes do Mestre. Com duas gárgulas á beira do palco e cruzes invertidas de led marcando o território da bateria, logo veio às trevas da madrugada (quase 2 da manhã), A Mansion in the Darkness, coladinha com Abigail, ambas do álbum histórico de 1987, considerado por muitos como o melhor de King Diamond.



Impressionante a voz de Ivan Martins. O cara é o próprio King! Ele canta muito, mas muito semelhante às gravações originais, impressionando a galera de forma inacreditável. E os outros músicos também não deixam por menos. A dupla de guitarristas Fábio Zampieri e Gilberto Bressan nos traz um comprometimento religioso e tocar bem, mostrando um entrosamento sensacional e muito talento, como foi ficando cada vez mais claro em temas também do Mercyful Fate, como Gypsy, Black Funeral, Evil, Is that You Melissa, Come to the Sabbath e Doomed by the Living Dead.


At the Graves e Sleepless Nights do magnifico Conspiracy de 1989 foram momentos onde além de toda a massa sonora se destacou também o talento do tecladista José Cardilo, parte essencial para compor o clima “Casa do Terror” que a banda instalou com tanta competência. Destaque para ele também em Behind These Walls do álbum The Eye de 1990, outro momento sensacional dentre tantos.



A cozinha perfeita de Diego Bezerra(baixo) e Felipe Algazi(bateria) também forneceu o molde mais que perfeito para a massa sonora realmente muito semelhante aos trabalhos do Mestre que se desenrolou pela madrugada fria. Os caras são tão semelhantes que acabei errando e classificá-los no vídeo como Eye of the King – King Diamond Cover, sendo que o nome certo é Eye of the King – King Diamond Tribute. Portanto peço desculpas pelo equívoco desde já.


O que tivemos esse mês foi algo sem precedentes. Representantes do trabalho de King Diamond que são fãs e trazem sua paixão para fãs e todos aqueles que se atreverem a conhecer os corredores sombrios da mente do Mestre.



Um trabalho realmente espetacular, centrado nos mínimos detalhes, desde a cenografia, o teatro e a música. Tivemos até a presença grotesca da vó e sua cadeira de rodas e bengala, muito bem apresentada ao público durante Welcome Home do álbum Them de 1986, primeira parte de uma história que seria fechada em Conspiracy.


Fiquei maravilhado em ver a perícia e o talento desses músicos, que se esforçam em nos trazer simplesmente o melhor. E uma das coisas curiosas é que eu já havia conhecido o Ivan Martins durante uma das apresentações do Ledness(Led Zeppelin Tribute) numa das noites do Café Piu Piu, mas jamais poderia imaginar que o cara tinha uma identidade secreta de King Diamond nessa banda, mesmo o amigo Heraldo Paarmann já ter me dito que as vezes ele cantava King em uma banda. Fui completamente surpreendido em constatar que esse cara era o mesmo que conheci naquela noite. Foi uma bela surpresa, pois eu já tinha visto que ele cantava muito em sua participação no show do Ledness.


Após o espetáculo também tive alguns momentos muito bons trocando ideias com os guitarristas e demais membros, que me deram total atenção, se propondo a conversar com o Roadrock em outro momento, então você pode ficar atento que logo voltarei a falar sobre eles.

Fomos os últimos a deixar o Manifesto e confesso que voltei para casa com a sensação de sonho realizado e um contentamento que não sentia há muito tempo.


Você pode conferir o que foi esse momento nos links abaixo que vão te levar ao oitavo Programa Roadrock On Stage e posteriormente a outras canções do espetáculo que publiquei em separado.

Só não vai ter Come to the Sabbath porque por algum motivo o vídeo ficou corrompido e eu perdi essa canção.


PROGRAMA ROADROCK ON STAGE OITAVA EDIÇÃO:


www.youtube.com/watch?v=iDde_fCi4R0&t=1945s



Mas de resto, fora as do Programa Roadrock On Stage estão todas as outras disponíveis abaixo.

Curta, compartilhe, se inscreva no nosso canal e fique ligado, muito mais ainda virá sobre essa fantástica banda!!!






Siga os nos links abaixo:

https://www.eyeoftheking.com.br

Marcos Falcão.

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