Echoes Pink Floyd São Paulo21 de março de 2019 – Café Piu Piu - Dark Side of the Moon – 46 anos!

Roadrock Blog
16 de abr. de 2019
3 min de leitura

Uma breve história..

Dia 1 de março foi aniversário de uma das mais sagradas obras do Rock Progressivo, o álbum Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. Oitavo registro de estúdio dos caras, é um marco na história do Rock, sendo obrigatório em um em cada dez lares na Inglaterra.

Num momento em que a banda usa de toda sua sensibilidade para homenagear o ex membro Syd Barret, o Floyd também aproveita para questionar a vida, o tempo e os valores(ou a falta deles), que a humanidade cultua em sua existência.

Temas que fazem do “disco do prisma”, como ficou conhecido no Brasil, uma coisa única, atemporal e especial, destacando se como uma obra fora do comum em comparação aos excelentes álbuns que o seguiram e o antecederam.

Gravado originalmente em sistema de som quadrifonico, possui uma sonoridade perfeita e impecável, proporcionando ao ouvinte uma viagem inesquecível e emocionante. Chegou ao topo das paradas da Billboard na época, sendo o recordista de 73 a 88. Vendeu mais de vinte milhões de cópias, chagando a passar dos cinquenta milhões até hoje, considerado um dos mais importantes álbuns de todos os tempos.

Curiosidade: quando tocado simultaneamente com o filme “O Mágico de Oz”, há algumas simetrias entre a música e a obra, o que nos leva a deduzir que talvez a existência desse disco tenha sido inspirada pelo filme, apesar de não existirem provas nem declaração alguma dos membros da banda a esse respeito. Até o momento, tudo não passa mesmo de uma bela coincidência.

Dark Side of the Moon foi decisivo na minha cultura musical, sendo o primeiro contato que tive com o Rock Progressivo. Eu tinha apenas treze anos em 1987, quando ele já era antigo. Foi graças ao meu irmão mais velho, o Esdras Falcão. Ele me mostrou esse e outros discos igualmente decisivos em minha formação pessoal e cultural.

O show...

E nessa noite em questão, dia 21 de março, o Echoes nos brindou mais uma vez com a obra do Pink Floyd na íntegra, além de outras boas surpresas, com a maestria e rigor de quem ama Pink Floyd e sabe o que fazer para nos trazer todo esse sentimento.

Com novos e competentes membros nos teclados Henri Abboud e bateria José Luis Rapolli, tem seu som ainda melhor formado trazendo a essência de um progressivo de respeito ao público fiel.

O destaque ainda vai para as belas interpretações de Regina Migliore nos vocais que eu desconfio ser uma feiticeira, tamanho nível de encantamento que essa moça exerce nas pessoas. Simplesmente sensacional e cativante.

Corretos como sempre, o Echoes não decepciona e acerta em cheio até nas mudanças de formação, pois por toda a noite fica evidente a grande diferença que a entrada dos novos músicos fez. O trampo de bateria é simplesmente sensacional e traz uma maturidade que claramente a banda já buscava algum tempo. Curioso que em uma breve conversa com o baterista descobri que ele é um fã não só de Floyd, mas também do meu amado Jethro Tull. Imaginei o cara destruindo tudo numa versão de Dharma for One, uma espécie de Moby Dick do Jethro, que ao vivo ganha vocais e letras, diferente da versão original presente no álbum de estreia This Was...

Vale destacar a presença de palco e categoria do grande Babu Sucata e seu incrível poder no baixo. O cara manda muito bem.

Do show em questão, separei o Dark Side of the Moon em especial para comemorar o aniversário do original.

Clique no link abaixo e assista sem deixar de reparar na magia da Regina Migliore em The Great Gig in the Sky onde ela segura a onda sozinha como poucas conseguem, sempre bem acompanhada por seus competentes companheiros do Echoes.