Ceos – Av. Paulista – 05 de maio de 2019

Um dos primeiros músicos a abrilhantar os textos do Roadrock, inicialmente por seu trabalho medieval junto a banda Oaklore, o guitarrista e cantor Alexandre Chammy também se destaca por desenvolver um material incrível junto ao excelente Pink Floyd Dream e por seu projeto, com o cantor e baixista Biel Astolfi, o Ceos, que faz jus ao nome, calcado em composições titânicas e de alto padrão de qualidade.

Já com um debut auto intitulado, lançado há algum tempo, o Ceos se destaca por suas múltiplas influências que geram um Metal Progressivo que conquista por sua diversidade e criatividade. A mistura inteligente resulta em um som de qualidade, capaz de fazer a cabeça dos fãs do Motley Crue a Dream Theater, passando pelos domínios do Pink Floyd, Black Sabbath e Led Zeppelin, tudo na mais perfeita naturalidade.

Trata se de um Power Trio, que hoje conta com o baterista Gabriel Rego, que já chegou quebrando tudo, fortemente influenciado pelo progressivo setentista de grandes bandas do gênero. E completando a configuração “perigosa” da banda, tocaram na calçada da Avenida Paulista no domingo, 5 de maio, ali entre o Sesi e o Trianon, numa tarde de Sol e de muita diversidade cultural, já tradicional em São Paulo.

Das três apresentações, estive presente na primeira e registrei vários ótimos momentos de um set baseado em seu álbum de estreia, com alguns covers de Deep Purple, Sabbath e Zeppelin e uma composição nova. Momentos preciosos que despertavam a atenção e curiosidade do povo, aglomerando se para apreciar o talento dos músicos e comprar um CD.

A doce Aline Polisello, vocalista e multi instrumentista do Oaklore, estava presente também, dando uma força ao marido Alexandre Chammy e apreciando o show, junto com os queridos amigos de Campinas, Maria Fernanda Castanheira e Junior Nunes.

O Ceos nos conquista por sua simpatia e qualidade, trazendo versões para Lay Down Stay Down do Deep Purple, War Pigs do Black Sabbath e Heartbreaker do Led Zeppelin, ambas envenenadas pelo Heavy Metal presente principalmente na corrente sanguínea do Chammy, eletrizando as calçadas com sua guitarra poderosa.

Se houvesse uma mitologia Metal, esse cara seria uma espécie de Thor e seu instrumento seria como um Mijornir, devastando Midgard com seu poder metálico.

E o repertório autoral dos caras não deixa a desejar, sendo ainda mais interessante do que tudo. Cheio de sentimento e pegada. Destaques para Giant's Trail e Lights, com excelentes solos e climas. A nova Midnight Soul também impressiona, com uma levada mais Rock Clássico que demonstra detalhes de caminhos menos complexos (porém não menos interessantes), em um possível segundo álbum.

Veja abaixo alguns momentos que eu coloquei numa playlist no nosso canal. E se puder, dê uma olhadinha aqui no blog. Há uma resenha sobre o álbum dos caras que vai no mínimo te fazer dar uma ouvida através do Spotfy. Vale muito a pena.

Marcos Falcão.