A ascensão dos grandes personagens da música em seu RUSH PROJECT – 28 de fevereiro – Permanent Waves
- Roadrock Blog
- 14 de abr. de 2019
- 4 min de leitura
(Originalmente publicada em 26 de março de 2019)
Alexandre Spiga é o “Goldfinger” da guitarra. Dono de um talento mágico, o cara simplesmente exagera em matéria de capricho, com sua guitarra dourada, muito bem cuidada, nos trás simplesmente o melhor, destacando se como um dos maiores músicos da noite progressiva paulistana. Seus dedos de ouro levam aos nossos humildes ouvidos notas perfeitas, numa reprodução cheia de sua marca pessoal, que se expressa também no grande contentamento do artista no palco. Ele se diverte tocando e fica à vontade, sem se importar com o ambiente, criando um vínculo com o público que vale mais que mil palavras.
Roger Troyjo é o “Man os a Thousand Voices” do Rock. Um cara capaz de alcançar timbres de diversos outros vocalistas, todos muito bem interpretados e cheios de sua própria personalidade. Uma lenda viva nas noites de São Paulo já há muitos anos. Trata se de um artista que é como um bom vinho, fica melhor com o passar do tempo. Ele ainda experimenta e se descobre em novos papéis, como o recente Purple Fiction, um tributo ao Deep Purple, onde facilmente passeia Ian Gillan a David Coverdale, com vocalizações sensacionais que nem os originais conseguem mais hoje em dia. E essa versatilidade e capacidade também são marcas registradas no Rush Project onde ele encarna um Geddy Leeque já não canta com tanta potência há muito tempo. Carisma e talento de um cantor muito mais que especial, cheio de simpatia e extremamente requisitado pelos fãs e amigos durante os intervalos de seus shows. E o acolhimento e amizade que ele nos traz são acima da média, o que o torna ainda mais amado.

Wellington Carrion é o “Octopus” da música. Baixista e tecladista que surpreende em talento, versatilidade, coordenação e velocidade, passeando pelas escalas complexas alternadas com seu sintetizador e pedais, simplesmente dando um show com toda sua maestria musical, nos trazendo um som de respeito como poucos conseguem, nos oferecendo as grandes especialidades da cozinha fantástica do Rush em todas as suas fases, as iguarias mais saborosas de um cardápio que sempre permanece atual em todas as décadas desde os anos setenta. A interpretação deste músico ganha vida e forma com o resto da banda. Não é à toa que o nome do cara é Carrion, dá para fazer um trocadilho com o inglês Carry on que é continuar. É a continuidade que esse cara tem em deixar todo mundo maravilhado com seu trabalho.
Vito Montanaro é o “Ciborg” da Bateria, a outra parte da cozinha especialíssima, que também chega a absurdos de perfeição e precisão. Muito sentimento, velocidade, força. Dono de um grande talento e comunicação perfeita com o resto da banda, o cara cai nas graças do público com extrema simpatia, amizade e simplicidade (que aliás é marca registrada de todos na banda). Dono de uma grande positividade que pode ser vista nos olhos, Vito se mostra ao público sem máscaras, compartilhando seu talento e sua inspiração, divertindo se no palco, impecável em suas instrumentações, garantindo a alquimia perfeita do grande trabalho que o Rush deixou para a eternidade.

E nesta oportunidade, como artista convidado, tivemos o sensacional Carlos Camasi, o “The Hammer” da bateria, nos trazendo os mesmos sentimentos de Vito, ainda com a fúria de sua batida cheia de força e adrenalina na música Subdivisions, parte dos bônus da noite. Ficou claro o tratamento que este poderoso baterista dava a seu instrumento. Ele tocava com uma vontade e um sentimento que parecia o reencontro de um amor antigo. Boas vibrações, força e precisão foram as características que saltaram aos olhos dos mais atentos. Carlos Camasi é amado por todos por seus grandes trabalhos em bandas como o Yessongs, por exemplo. Nesta breve participação, o cara mostrou que sua versatilidade não tem limites. Sem dúvida mais uma joia do grande tesouro que encontramos nas noites rock de São Paulo.
Presente no meio de nós o grande guitarrista Vitor Giovannitti, “The Rhapsody Man” outro componente essencial do Yessongs que infelizmente não subiu ao palco, mas bem que poderia. Mesmo que em sua humildade afirme só tocar duas músicas do Rush. Sabemos nós fãs que o cara se daria muito bem com qualquer coisa que decidisse tocar, pois ele conquista a todos por seu talento, trabalho, simplicidade e amizade, sendo muito amado e respeitado.
Nesta magnífica noite o que tivemos com esses personagens impressionantes foi a primeira apresentação do Rush Project em 2019, que nos brindou com o Permanent Waves na íntegra, entre outras pérolas. Uns podem até dizer que este álbum não é um dos melhores do Rush,mas com certeza tem seu valor histórico e ótimos momentos. Agora imortalizado e revivido pelo Rush Project, encantou a galera que lotou o Café Piu Piu mais uma vez. A apresentação foi impecável, como de praxe, pois os caras nunca brincam em serviço, apesar de seu bom humor sempre presente.
Bom, depois de tudo isso, será que preciso escrever ainda mais para mostrar como foi? Acredito que ficou claro o sucesso que os caras mais uma vez conseguiram. Então é melhor mostrar como foi essa grande oportunidade para todos os fãs do Rush e pessoas de bom gosto.
Acesse o link abaixo, caia no nosso canal e curta o Permanent Waves inteiro:
https://youtu.be/Z_K2eU8YkpM?list=PLAPnhSg9Qtjj6_9z9xddCUxaAblm89uYP
E fique ligado no Roadrock, pois em breve outros momentos dessa apresentação bombástica vão pipocar no nosso canal.
E aproveite para dar uma olhadinha nessa obra prima aqui, de outro momento no final do ano passado…
2112…
Marcos Falcão.
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