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1 ano de Roadrock – Parte 02 Backstage e Electric Funeral 30 anos

  • Foto do escritor: Roadrock Blog
    Roadrock Blog
  • 14 de abr. de 2019
  • 7 min de leitura

(Originalmente publicada em 30 de novembro de 2018)


I– Vitão & Heavy Friends – Os ensaios dos Mestres!


Vitão Bonesso é o baterista do Electric Funeral, apresentador do programa mais Heavy de todos os tempos, o Backstage,que passou por diversas rádios, enfrentando as atribulações do tempo e permanecendo firme e forte graças ao empenho e dedicação sem limites que seu apresentador lhe dedica desde sempre. Autor do livro “All Access, os primeiros 10 anos do programa Backstage”, lançado em 1999, mas que permanece até hoje como um incrível apanhado do começo de sua trilha, Vitão é um cara muito simples, mas que concentra um super conhecimento de Heavy Metal e do Rock de qualidade. Fã confesso de Beatles e Black Sabbath, o cara sabe o que fala e nos traz sempre informações corretas e essências para quem gosta mesmo do estilo e acompanha os altos e baixos, mantendo se firme a esse amor que domina nossas vidas desde a mais tenra idade. Em suma, Vitão Bonesso para mim é uma das personalidades mais influentes quando o assunto é Rock, o cara é mestre em tudo que faz, dono de um perfeccionismo absurdo, mas que faz toda a diferença para um bom resultado.


Vitão Bonesso

E foi esse cara que de repente me chamou para participar dos ensaios, gravando e conversando com diversos amigos de peso, uma preparação para o evento de comemoração dos 30 anos de seu programa no ar. Vitão & Heavy Friends, seria a jam que abriria o evento no Manifesto Bar,dia 9 de novembro, onde inclusive se seguiria de um baita show do Electric Funeral (que para quem não sabe é o melhor tributo ao Sabbath que existe desde 1988, capitaneado pelo Vitão e sua bateria), daria continuidade a uma das noites mais metálicas do ano, como de fato foi. Fui aos estúdios Orra Meu! no Bosque da Saúde dia 30 de outubro. O que encontrei lá foi uma bela reunião de amigos do baterista, pertencentes a ótimas bandas de Metal, hoje em evidência no nosso cenário local. Unidos, os caras ensaiariam um set de clássicos absolutos para a apresentação do mês seguinte.


Logo que cheguei fui apresentado aos músicos pelo Vitão, que mais que depressa me colocou à mesa, onde dividimos uma bela pizza. Muita descontração, simpatia e histórias engraçadas, com todo mundo muito bem humorado (impossível ser diferente com o Vitão presente, o cara simplesmente é muito espirituoso e divertido, sempre com uma boa história para contar). Conheci os donos do estúdio, Marcelo e Ricardo (“Soneca”, como ele faz questão de ser chamado) Schevano. Foi uma honra principalmente conhecer e poder conversar com o Marcelo, guitarrista impecável que acompanho desde seus tempos no Electric Funeral. Um cara sensacional, calmo e seguro de seus atributos, que sabe muito bem o que faz. Ao redor das pizzas e das boas conversas, também estavam Silvio Lopes, guitarrista do excelente King Bird, Alexandre e Dennis Grunheidt, guitarrista e baixista das bandas Ancesttral e Damage Inc. E logo chegou o João Luís, hoje vocalista do Casa das Máquinas e Golpe de Estado, dono de uma das mais poderosas vozes do Metal Nacional, que com seus timbres a lá Dio em seus melhores dias, já estrelou uma posição de destaque tanto no Electric Funeral quanto no King Bird em tempos passados. Fiquei muito feliz em revê lo, fazia já um tempo que não o encontrava, não sei ao certo se lembrou se de mim, mas me tratou com extrema simpatia. Um cara sensacional. Lá também estava o vocalista Leandro Caçoilo, do Viper e Seventh Seal, outro dono de um vocal incrível e uma simpatia maior ainda. Confesso que deveria ter conversado mais com esse cara, mas não faltará oportunidade para que este fã do Viper que vos fala aqui possa ter um momento desses. Da próxima vez ele não me escapa.


Marcelo Schevano, João Luís e Alexandre Grunheidt

Silvio Lopes, Marcelo Schevano e Lenadro Caçoilo

Leandro Caçoilo, Vitão Bonesso e Soneca

Um pouco mais tarde, mas nem tanto, chegaram as três figuras emblemáticas e setentistas que este ano se destacaram de uma forma impressionante, Guilherme Spilack, Sergio Ciccone e Dilson Siud. O Stringbreaker and The Stuffbreakers marcava presença entre aqueles mestres do Metal reunidos ali. Mais pizzas foram adicionadas e mais conversas interessantes multiplicadas. Eu que acompanho esses caras desde o ano passado não pude deixar de interagir e participar das conversas muito bem humoradas e cheias de carisma. Perguntei sobre o quarto integrante da banda, a mãe do Guilherme, dona Ana Rosa, que incentiva e participa de tudo de uma forma pouco vista pelas mães aí fora. Ela simplesmente é uma figura! Soube logo de cara que estavam estreando o primeiro videoclipe (Acts of Desperate Man, faixa do novo CD Brick in a Tie, já disponível no canal deles) e também trocamos uma ideia sobre o excelente Vlog que os caras vêm fazendo na internet. Até combinamos possíveis parcerias no futuro. Esse trio com certeza sempre vai merecer destaque, pois assim como o pessoal do Oaklore, eles foram umas das primeiras descobertas lá no início do blog.


E à mesa das pizzas brilhava o Vitão. O cara não tem dificuldade nenhuma de cativar a atenção de todos, muita simplicidade e vivência nesse mundo do Rock do qual todos fazemos parte. Em suas conversas, de forma descontraída ele nos conta diversos momentos de suas experiências no meio jornalístico da música, os percalços e apuros que teve e até alguns desafetos que atrapalharam bastante as coisas. A gente vê que nem tudo é um mar de rosas e que muita coisa que se pensa, na realidade é bem diferente, até mesmo em relação a imagem de pessoas que nós aqui de fora nem imaginamos como realmente são. Eu entendo um pouco de muita coisa que foi falada ali, nesse um ano de Roadrock também descobri bastidores e fatos que nunca pensei que eram do jeito que eram, e isso com coisas boas e ruins também. Imaginem o Vitão em 30 anos de carreira…


Esse tempo todo e mais um pouco ele vai contar num futuro livro de memórias, que deve ser lançado lá para 2020. Segundo ele, vai colocar tudo que puder de sua imensa e interessante coleção de histórias que fizeram parte de toda sua vida, dentro e fora do Heavy Metal. Aguardem que vai vir coisa boa e eu espero mesmo acompanhar esse lançamento e divulgar o máximo possível.


Também merece destaque aqui a honra que tivede conhecer o Silvio Lopes. Como fã do King Bird, não pude deixar de dar uma palavrinha com ele e percebi que além de um grande guitarrista, o cara também é dono de uma simpatia única e ostenta muita gratidão ao fã que gosta de sua música. Expliquei a ele sobre o Roadrock e ele se mostrou muito satisfeito com essa minha iniciativa. Sem dúvida ficou muito claro o amor que o cara tem pela música, por isso também o King Bird é uma banda de qualidade, altamente recomendável para todos. Muitas histórias, muita diversão e alegria, com gente que se conhece há anos e tem muita coisa em comum. Eu e os caras do Stringbreaker éramos os recém chegados àquele grupo de amigos históricos, mas isso não atrapalhou em nada, pois fomos recebidos da mesma forma e ficamos à vontade no meio de tantas estrelas.


Um pouco depois das 22hs, quase que pontualmente, todo mundo foi se reunindo no estúdio para os ensaios. Fiquei impressionado com a qualidade desse lugar. Tudo muito moderno, novo e organizado. Mais tarde soube que os irmãos Schevano começaram  tudo do nada, com pouquíssimos equipamentos e recursos. Claro que neste ano que virá voltarei ao Orra Meu! para trazer a vocês essa história toda, é um dos meus muitos planos para o segundo ano do Roadrock.


Lá dentro a gente se sente no primeiro mundo e percebe o cuidado e competência com que os caras cuidam de tudo. Som alto e de boa qualidade, tudo muito certinho, sem falhas, maus contatos, fios espalhados, bagunça. Extremamente funcional e profissional como deve ser. A todo momento e para qualquer lado que se olhe, o amor à música prevalece em cada detalhe. Simplesmente incrível. É óbvio que estes ensaios foram só uma boa desculpa para reunir amigos dispostos a comemorar os 30 anos de sucesso do Vitão (pois ao longo da noite, com o entra e sai deste ou daquele artista, ficou muito claro que todo mundo já sabia muito bem o que fazer,apenas precisando aparar esta ou aquela aresta). Não precisou de muito para tudo sair perfeito. O set ficou impressionante, para roqueiro nenhum botar defeito. Guilherme Spilack e Dilson Siud somaram muito bem seus talentos e instrumentos, participando de dois grandes momentos com The Rover (Led Zeppelin) e Maybe I’m a Leo (Deep Purple). Para completar então chegou  o experiente Nelson Brito, baixista original do Golpe de Estado e  tivemos o ensaio de Forçando a Barra, canção que seria dedicada ao guitarrista Hélcio Aguirra, falecido em 2014. Foi sensacional como isso funcionou rápido, afinal o Golpe estava todo ali. João Luís e Marcelo Schevano juntos é algo extraordinário.


Guilherme Spilack com Marcelo Schevano, Soneca e Silvio Lopes

Ver de perto todo o trampo que o Vitão coloca na bateria foi sensacional. O cara manda muito bem mesmo, uma pegada poderosa, precisa e cheia de paixão, como não poderia deixar de ser. Um baterista sensacional sem nenhum exagero, você vai poder conferir em breve no primeiro Programa Roadrock do nosso canal.


Tivemos um intervalo à espera da última estrela da noite, o guitarrista Alexandre Spiga, membro fundamental do excelente Rush Project. Foi nesse momento que nosso querido Vitão nos contou, entre outras coisas, como conseguiu sua monstruosa bateria Pearl Master Custom Gold, que deu o pontapé inicial como endorse da marca, que esse ano completou 20 anos. 


Com a chegada do Spiga os ensaios continuaram e explodiu pelo estúdio Still of the Night (Whitesnake) e For Whom The Bell Tholls (Metallica), esta última que já havia sido ensaiada antes, só para esquentar os motores mesmo. Confesso que não reclamei em nada por presenciar isso de novo. Quando os ensaios terminaram todo mundo saiu muito satisfeito com todo o decorrer da noite. O Vitão, apesar de cansado por causa da bateria diferente da sua, o que o sacrificou um pouquinho, ficou muito satisfeito com os bons resultados, que já eram esperados.


No baixo Dilson Siud

A ideia da reunião de amigos de peso e talento para essa comemoração mais que especial ganhava forma e já prometia ser um sucesso. Parece exagero, mas nos anos 80 e 90 a informação não era em nada abundante como é hoje. Não havia internet nem computadores de plantão. Muito menos celulares. Mal tínhamos telefone fixo em casa e os meios de comunicação davam pouca importância ao Rock e, muitas vezes importância alguma ao Heavy Metal.


O Backsatge chegava na frente e nos trazia pelo rádio a informação certa e completa, bem como divulgava em primeira mão muitas bandas que nunca conheceríamos se não fosse por isso. Tínhamos um compromisso quase que religioso em ter uma fitinha cassete para gravar as coisas que o Vitão tocava. Foi e é o melhor programa dedicado ao Rock e Metal de todos os tempos. Por isso merece todas as comemorações que lhe couberem.


Nelson Brito no baixo e Alexandre Spiga na guitarra

Sai do Orra Meu! muito satisfeito e ansioso para ver todas aquelas estrelas reunidas no show do dia 9 de novembro. Foi uma experiência fora de série conhecer gente tão talentosa e apaixonada pelo que faz. Me sinto realmente honrado de poder participar de tudo isso, graças ao querido Vitão Bonesso. Muita gratidão!!

Marcos Falcão.

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